Itabuna vai utilizar armadilhas para atrair mosquito da dengue
O Departamento de Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Itabuna vai implantar nos bairros Daniel Gomes e Urbis IV, na segunda-feira, 6, o projeto Ouvitrampras. O projeto consiste na colocação de simples armadilhas nas residências para atrair o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, que nos últimos anos fez milhares vítimas no município.
A expectativa da Vigilância Epidemiológica é que as armadilhas contribuam com uma redução de mais 80% dos criadores do mosquito nos próximos meses nesses dois bairros. O Aedes aegypti será atraído por um produto colocado no interior de uma garrafa pet ou de qualquer vasilhame, que receberá uma paleta numerada que servirá como depósito de ovos das fêmeas do mosquito.
A paleta será recolhida toda segunda-feira pelos agentes de combate às endemias para ser analisada em laboratório e os ovos do mosquito serão destruídos. O coordenador de Combate às Endemias da Secretaria de Saúde de Itabuna, entomologista Renato Freitas, explica que esse método já foi testado no município, com resultados excelentes entre os anos de 2003 e 2004.
O coordenador municipal de Combate às Endemias destaca que o sucesso do projeto também depende da participação dos moradores, que devem manter as armadilhas nos lugares indicados pelos agentes de endemias e receber bem o trabalho dos servidores públicos. A destruição dos ovos será acompanhada de outras ações, como a eliminação focos do mosquito.
Renato Freitas diz que a paleta é fácil de fazer, bastando que se use o verso do Eucatex que fica umedecido quando em contato com água e se transforma no local ideal para a desova dos ovos pela fêmea do mosquito. Para tornar mais o local ainda atrativo os agentes a colocam pequenas quantidades de feno. A experiência começa pelo Daniel Gomes e Urbis IV porque são bairros com altíssimo índice de infestação predial do mosquito transmissor da dengue.